O jogo dos espelhos: autoficção e metaficção em O evangelho segundo a serpente, de Faíza Hayat

Palavras-chave: Literatura portuguesa contemporânea, pós-modernidade, autoficção, metaficção historiográfica

Resumo

O artigo propõe uma análise do romance português contemporâneo O evangelho segundo a serpente, de Faíza Hayat, tendo por base ideias de teóricos da pós-modernidade acerca da cultura e da produção artística contemporânea, como Zygmunt Bauman, Linda Hutcheon e Stuart Hall, sobretudo no que concerne aos conceitos de autoficção e metaficção histo­riográfica.

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Biografia do Autor

Marcelo Brandão Mattos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

É professor adjunto de Literatura Por­tuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutor e Mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Autor dos livros Um banho de rio dos escritos e sobrescritos de Luandino Vieira (EDUFF, 2012) e A geração da distopia (EdUERJ, 2021).

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Publicado
2024-01-07
Como Citar
Brandão Mattos, M. (2024). O jogo dos espelhos: autoficção e metaficção em O evangelho segundo a serpente, de Faíza Hayat. Convergência Lusíada, 35(51), 65-84. https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n51a1114