Camilo Pessanha: o morto alegre e a poesia moderna

  • Izabela Guimarães Guerra Leal UFPA

Resumo

A poesia moderna, desde Baudelaire, não cessa de apontar para uma experiência de crise: crise da linguagem, crise do sujeito, crise da própria poesia. Dissociada de qualquer função social, sua falta de lugar no mundo torna-se cada vez mais explícita. O poema começa então a anunciar o seu próprio fim, e não é de surpreender que o poeta, para escrever, tenha a necessidade de ocupar o lugar do morto, numa antecipação do fim da vida que se traduz como uma aptidão para morrer contente. Camilo Pessanha, seguindo os passos do “Le Mort Joyeux” (“O morto alegre”) de Baudelaire, nos revela o caráter paradoxal da escrita como experiência impossível da morte.

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Publicado
2017-08-25
Como Citar
Guimarães Guerra Leal, I. (2017). Camilo Pessanha: o morto alegre e a poesia moderna. Convergência Lusíada, 22(26), 37. Recuperado de https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/125
Seção
DOSSIÊ À VOLTA DA POESIA