Camões, um nome vivo entre Carlos de Oliveira e Gastão Cruz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1423

Palavras-chave:

Camões, Salazarismo, Neorrealismo, Carlos de Oliveira, Gastão Cruz, Poesia Portuguesa do século XX

Resumo

Neste artigo, lembramos o convívio, no Portugal Salazarista, entre escritores neorrealistas e outros que dialogaram com eles, estabelecendo por meio da palavra literária formas de resistência ao regime e a suas ações de censura e opressão. Destacamos a figura literária de Carlos de Oliveira e materiais que se encontram em seu espólio no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. Na correspondência recebida, observamos, a partir de um exemplo, como Camões e sua obra foram lidos e confrontados, seja pelo Salazarismo, seja pelos escritores em oposição.

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Biografia do Autor

Ida Alves, Universidade Federal Fluminense (UFF) / CNPq

Professora Titular de Literatura Portuguesa, Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação Estudos de Literatura – UFF. Coordenadora do Pólo de Pesquisas Luso-Brasileiras (PPLB), no Real Gabinete Português de Leitura. Pesquisadora 1D do CNPq. Coordena o site Escritor Carlos de Oliveira. Autora e coautora (organizadora) de diversos livros, capítulos e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e estrangeiras sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea, além de estudos de paisagem nas literaturas de língua portuguesa. Destaca Revistas de poesia: Brasil / Moçambique / Portugal (e-book, 2022); Carlos de Oliveira e Nuno Júdice, poetas personagens da linguagem (e-book, 2021); Paisagens em movimento Rio de Janeiro e Lisboa cidades literárias, 3 v. (2020-2021).

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Publicado

2025-12-10

Como Citar

Alves, I. (2025). Camões, um nome vivo entre Carlos de Oliveira e Gastão Cruz. Convergência Lusíada, 36(Esp.), 260–279. https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1423