Mattos, Malta ou Matta?, O romance policial pioneiro de Aluísio Azevedo
Resumo
Em fins do século XIX, época de efervescência dos romances urbanos, um crime de difícil solução, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, inspirou a publicação do romance-folhetim Mattos, Malta ou Matta? – sem autoria – pela revista A Semana. O mistério transpôs a narrativa e chegou à realidade: durante bastante tempo, manteve-se desconhecida a autoria do folhetim. Quanto ao crime, ele não foi desvendado, mas, tempos depois, a autoria do romance foi atribuída ao já insigne escritor naturalista Aluísio Azevedo. Contemporâneo à literatura da chamada Escola de Enigma, de Edgar Alan Poe e Arthur Conan Doyle, Aluísio inaugura, no Brasil, com Mattos, Malta ou Matta? um gênero já em ascensão na Europa, mas, até então, inédito no país: o romance policial. Apesar de algumas similitudes com seus contemporâneos estrangeiros, a narrativa de mistério do autor brasileiro guarda suas peculiaridades, transgredindo o gênero e quebrando as expectativas do leitor, tornando-se, assim, um marco da nossa literatura.
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Referências
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