Ser ou não ser filósofo

  • Joaquim Domingues Universidade do Porto
Palavras-chave: Agostinho da Silva, Tradição, Filosofia

Resumo

Apesar da recusa de Agostinho da Silva em aceitar o qualificativo de filósofo, por o seu ca­minho se afastar da direcção dominante na intelectualidade contemporânea, entendo que a vox populi acerta ao reconhecê-lo como tal. Devemos-lhe o inestimável serviço de nos ter despertado para as virtualidades actuais e futurantes da tradição espiritual que une os povos de cultura lusíada. Ao dar-lhe expressão discursiva racional, consistência histórica e formulação programática assumiu o modelo do sábio que aponta o rumo a uma socie­dade em crise e apela a uma superior consciência da dignidade humana, ao mesmo tempo que, numa desconcertante humildade, se apresenta como simples porta-voz dum saber comum, embora esquecido.

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Biografia do Autor

Joaquim Domingues, Universidade do Porto

Natural do Porto, em cuja Faculdade de Letras licenciou-se em Filosofia. Autor de Filosofia Portuguesa para a Educação Nacional: Introdução à obra de Álvaro Ribeiro; O essencial sobre Sampaio (Bruno); e De Ourique ao Quinto Império: Para uma filosofia da cultura portuguesa. Como da preparação do Plano de um Livro a Fazer: Os Cavaleiros do Amor ou a Religião da Razão, de Sampaio (Bruno) e da Teoria Nova da Antiguidade, do mesmo; dos três volumes dos Dispersos e Inéditos, de Álvaro Ribeiro, bem como das suas Cartas para Delfim Santos. Co­ordenou a edição dos volumes O Pensamento e a Obra de Pinharanda Gomes e O Pensamento e a Obra de Afonso Botelho. Publicou doze fascículos da revista Teoremas de Filosofia.

Publicado
2007-06-30
Como Citar
Domingues, J. (2007). Ser ou não ser filósofo. Convergência Lusíada, 21(23), 205-211. Recuperado de https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/609