TY - JOUR AU - Cruz Pereira, José Paulo PY - 2021/06/30 Y2 - 2024/03/28 TI - Mia Couto: representação e subalternidade, em Mulheres de cinza JF - Convergência Lusíada JA - Conv.Lusíada VL - 32 IS - 45 SE - DOSSIÊ DO - 10.37508/rcl.2021.n45a426 UR - https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/426 SP - 32-63 AB - A nossa leitura incide sobre: a) a representação da subalternidade em Mulheres de Cinza; b) as implicações de sentido do complexo processo de nomeação da voz narradora de Imani, transversal à trama ficcional dos três romances de As Areias do Imperador. Parte, com esse propósito, da ponderação do duplo sentido de «representação» em Can the Subaltern Speak?, de Gayatri Spivak, analisando: a) a forma como aí se alinham os pressupostos de O 18 do Brumário de Louis Bonaparte, de Karl Marx, e de A Questão Meridional, de Antonio Gramsci, na descrição do seu conceito de subalterno; b) a forma como, em Mulheres de Cinza, se projeta a sua configuração do subalterno como excluído. Fá-lo pondo a descoberto quer a instância do neutro, de que nos fala Maurice Blanchot – em L’entretien infinit... –, quer a da singularidade, tal como Spivak a desdobra em An Aesthetic Education in the Era of Globalization – lidos como investidos numa das fábulas com as quais Mia Couto os alegoriza. ER -