https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/issue/feedConvergência Lusíada2024-04-22T00:05:41-03:00Equipe Editorialconvergencia.lusiada@gmail.comOpen Journal Systems<div class="gmail_default">A revista <em>Convergência Lusíada</em>, ISSN 2316-6134, Qualis B2 na área de Linguística e Literatura (2013-2016), tem como objetivo a divulgação nacional e internacional de artigos, entrevistas e resenhas inéditas, sobre literatura portuguesa, relações luso-brasileiras e estudos comparados especialmente entre literatura portuguesa e outras literaturas de língua portuguesa, com possível perspectiva interdisciplinar, que representem contribuições relevantes para as referidas áreas.</div>https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1318Modernismos Luso-Brasileiros2024-04-22T00:05:39-03:00Andreia Castroandreiaacastro@gmail.comEduardo da Cruzeduardodacruz@gmail.comSuely Campos Francosuelyfran@gmail.com<p>Apresentação à Convergência v.35, nº Especial, 2024</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1214 Do conto como cânone da poesia: Eça, Machado e as aporias da modernidade2024-04-22T00:05:41-03:00Isabel Cristina Rodriguesicrodrigues@ua.pt<p>Se nos propusermos ler os contos «Missa do Galo», de Machado de Assis (1893), e «Civilização» (1892), de Eça de Queirós, à luz da pauta categorial do conto, verificamos que a inquestionável modernidade da narrativa breve de Machado não se mostra propriamente reconhecível no conto queirosiano. Na esteira já antiga (mas inquestionavelmente moderna) de Poe, o conto de Machado procura mostrar por que razão o exercício narrativo é, neste género literário, tão necessário como malquisto – porque há sempre nele uma história para contar, mas dela conta-se apenas o seu rosto mais visível, cujo perfil secreto parece preferir recolher-se à virtualidade significativa de um instante que abre depois para o que o transcende em possibilidade de significação. Por seu lado, o conto de Eça, publicado pela primeira vez em 1892 na portuguesa <em>Gazeta de Notícias </em>(e que viria posteriormente a figurar como matriz do romance <em>A cidade e as serras</em>, publicado em 1901), não acolhe a discursividade de fotograma que enforma o conto de Machado de Assis, ainda hoje profundamente moderno na defesa compositiva de uma brevidade que não pode medir-se em função do fio de lógica ditado pelo número.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1265 O trem e a nação. Os sertões e a modernidade na Belle Époque2024-04-22T00:05:40-03:00Carmem Negreiroscarmemlucianegreiros@gmail.com<p>No final do século XIX e início do século XX, escritores e escritoras se envolvem num projeto de redescoberta do Brasil facilitado pelas viagens, principalmente de trem, que levaram a diferentes lugares, entre eles os sertões, um enclave no esboço de nação que provocou respostas instigantes às contradições observadas. A partir de textos escolhidos de Nestor Vítor, Julia Lopes de Almeida, Afonso Arinos, Coelho Neto, Alberto Rangel, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Lima Barreto, pretende-se expor as tensões das viagens em busca da brasilidade que resultaram em discursos e modos de ver o país, e a cultura, que ainda hoje permanecem em disputa.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1263 Modernas, sim. Feministas, não – breves considerações sobre a emancipação das mulheres em João do Rio e Júlia Lopes de Almeida2024-04-22T00:05:41-03:00Giovanna Dealtrygiovannadealtry@gmail.com<p>A chamada Belle Époque carioca configura-se como um espaço de debates públicos acirrados sobre o surgimento da mulher moderna. O presente artigo analisa como João do Rio e Júlia Lopes de Almeida apoiaram a emancipação feminina em termos alinhados com os ideais da modernidade, ao mesmo tempo em que teciam críticas a certos aspectos das práticas feministas. Para isso, investiga-se como o discurso literário – em contos, crônicas e entrevistas – adquire funções pedagógicas e moralizantes frente a um feminismo que, muitas vezes, parecia colocar em risco a estabilidade da família, ancorada na figura materna.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1262 Moderna matriarca: Dona Ivone Lara2024-04-22T00:05:41-03:00Leonardo Davino de Oliveiraleonardo.davino@gmail.comMaria Verônica da Silvamariaveronicas1993@gmail.com<p>O artigo, atravessado pela discussão da interseccionalidade, busca delinear uma breve contextualização quanto ao surgimento do samba e a sua indissociabilidade da voz feminina negra, aqui representada pela figura de Dona Ivone Lara. Neste cenário, de um lado, temos um Brasil que se quer moderno e que anseia por um elo que conecte o país; do outro, temos os Oito Batutas levando o samba a Paris. É o inevitável: o samba como elemento essencial para pensar o Brasil nacional e internacionalmente. No centro de uma narrativa hegemônica, urge o eu vocalizado pelo sujeito negro; urge o “eu vim de lá, eu vim de lá, pequeninha” (Lara, 1981, faixa 03) corroborando o rompimento da história única.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1287 “O esforço é grande e o homem é pequeno”: Cleonice Berardinelli e a gênese dos estudos pessoanos no Brasil2024-04-22T00:05:40-03:00Rodrigo Xavierrodrigoaxavier@msn.com<p>Cleonice Berardinelli se notabilizou pelo pioneirismo na investigação do espólio de Fernando Pessoa e a inauguração do estudo sistemático da obra do poeta no Brasil.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1288O moderno e suas configurações em poemas de Charles Baudelaire, Cesário Verde e Fernando Pessoa2024-04-22T00:05:40-03:00Izabel Margatoizabel.margato@gmail.com<p>Num primeiro momento, este texto buscará apresentar as articulações existentes entre as categorias: novo, ruptura, tradição da ruptura, vanguarda e originalidade. A partir daí, serão examinadas as tensões entre o estético e o ideológico; o cosmopolitismo e o nacionalismo. Também serão retomadas as teorias de modernização e suas determinantes em relação à inserção do produto cultural no campo político e social; a estética da ruptura e sua articulação com o tempo histórico. Ao incidir sobre os modernismos e a identidade cultural de Portugal, serão analisados alguns segmentos que caracterizam o modernismo português. Manifestos modernistas, textos de intervenção e propostas estéticas.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1290O retrato da esfinge2024-04-22T00:05:39-03:00Rafael Santanaemailrafaelsantana@gmail.com<p>Este estudo busca aprofundar a análise das interações ecfrásticas presentes na obra de Mário de Sá-Carneiro, destacando as suas complexas relações com distintas formas artísticas, tais como a pintura, a música, a dança, a escultura e a arquitetura. Ao explorar estes vínculos, revela-se a busca incansável do autor pelo alcance da Obra de Arte Total. Por meio de uma investigação meticulosa, evidencia-se como Sá-Carneiro transpõe os limites tradicionais da expressão artística, amalgamando influências diversas e promovendo um diálogo profundo entre diferentes linguagens. Neste sentido, as suas obras emergem como verdadeiros laboratórios da efervescência criativa do período, refletindo não apenas as inquietações individuais do autor, mas também as pulsantes transformações culturais e estéticas de uma época marcada por uma busca incessante pela síntese das artes. Assim, ao reconhecermos a riqueza e a profundidade destas conexões ecfrásticas, somos levados a uma apreciação mais ampla e enriquecedora da contribuição de Mário de Sá-Carneiro para a configuração da Modernidade literária em Portugal.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1264Pessoa xamã2024-04-22T00:05:41-03:00André Gardelagardelb@terra.com.br<p>A hipótese de leitura aqui defendida é a de que o corpo, em estados liminares, do sujeito de enunciação pessoano, doado em sacrifício para que a escrita heteronímica originária se instaure, atua em um tipo de concepção literária em que a visão e o visto circulam num mesmo campo de imanência. O que produz uma visão-tato, em copresença, que incorpora o outro e o transmodela em clivagem de si, abrindo infinitas novas alteridades. Leitura que, por caminhos e naturezas diversas, aproxima, comparativamente, os processos de acoplagens de alteridades do xamã amazônico, baseado em alianças político-espirituais, da heterológica de Pessoa. Assim como entrevê, ainda, similaridades entre os espaços-tempos adentrados por ambos – o caos pré-cronológico pessoano e o passado absoluto xamânico – para que tais operações ocorram.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1289Jorge de Sena e Fernando Pessoa: para uma crítica modernista2024-04-22T00:05:39-03:00Lucas Laurentino Oliveiralucas2abril@gmail.com<p>O presente trabalho objetiva analisar o ensaio de Jorge de Sena “O poeta é um fingidor” e, a partir dele, investigar o processo de composição crítica do autor, assim como as suas relações com a obra de Fernando Pessoa e os modernismos de <em>Orpheu </em>e <em>Presença</em>. Ao final, espera-se demonstrar que Jorge de Sena, na leitura que faz de Pessoa, reivindica uma crítica literária que seja capaz de compreender a revolução da linguagem empreendida pelo Modernismo.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1301Murilo Mendes (re)lê Fernando Pessoa2024-04-22T00:05:39-03:00Aline Leão do Nascimentoaline_leaonascimento@hotmail.com<p>São apresentadas as leituras que o poeta brasileiro Murilo Mendes fez sobre Fernando Pessoa desde a publicação em jornal, em 1944, de seu artigo “Fernando Pessoa”, até a prosa “Fernando Pessoa”, de seu livro <em>Janelas Verdes, </em>escrito em meados da década de 60<em>. </em>No entremeio, outras menções de Murilo Mendes ao poeta português são consideradas, como as que se lê, nos anos 50, em carta ao crítico e escritor português Adolfo Casais Monteiro e em “Murilograma a Fernando Pessoa”, poema de 1964. O objetivo é contribuir para o entendimento da forma com que Murilo lê ou relê Fernando Pessoa, situar essas leituras aos seus contextos de produção e destacar em que medida elas se modificaram ao longo do tempo.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1315“Hoje somos festa, amanhã seremos luto” – uma leitura da favela em Drummond e MC Smith2024-04-22T00:05:39-03:00Artur Vinicius Amaro dos Santosarturvinicius@letras.ufrj.br<p>Neste texto, pretendo aproximar a 12ª estância do poema “Favelário Nacional”, de Carlos Drummond de Andrade, presente no livro <em>Corpo </em>(1984), e a música “Vida Bandida Parte 1”, de MC Smith e composição de Thiago dos Santos (Praga), que, mesmo sendo distantes temporalmente e escritas de duas perspectivas sociais distintas, abordam como o capitalismo, a violência e o racismo constroem novas formas de morte e luto no indivíduo. Em ambos é possível ver como o Estado, a partir do conceito de Necropolítica (2018), delimita as condições do indivíduo. Essa análise, portanto, volta-se a pensar sobre os corpos marginalizado em Drummond e em MC Smith, refletindo sobre a favela a partir do que diz Franz Fannon em <em>Os condenados da terra </em>(2022) sobre a divisão entre a cidade do colonizador e cidade do colonizado. Assim, é possível perceber em ambos os escritos que o Estado brasileiro oferece, de diversas formas, opressão a determinados corpos que, mesmo com a morte e o luto entrelaçados ao lugar, festejam porque existem e quando não festejam é como se não existissem.</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c) https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/1320Sobre esta edição2024-04-22T00:05:38-03:00Equipe Editorialconvergencia.lusiada@gmail.com<p>Créditos da Convergência Lusíada, v. 35, Nº Especial</p>2024-04-21T00:00:00-03:00Copyright (c)