Inês não é Dido, por Camões recusar ser Virgílio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1414

Palavras-chave:

Os Lusíadas, Eneida, Virgílio, Camões, Dido, Inês de Castro

Resumo

Entre os estudos camonianos é frequente fazer aproximações entre Os Lusídas e a Eneida, de Virgílio, e procurar aí apoio para algumas interpretações. Opção justa, pois a Eneida é assumidamente a matriz do poema de Camões. Menos habitual é estudar as divergências entre ambos os poemas, as quais existem e, portanto, não podem deixar de ter significado. O objetivo deste trabalho é estudar as divergências entre dois episódios que a crítica costuma aproximar: Dido, da Eneida, e Inês de Castro, de Os Lusíadas. Uma leitura atenta revela abundantes diferenças, a que os estudiosos não costumam dar atenção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Ascenso André, Universidade de Coimbra

Professor da Faculdade de Letras de Coimbra (aposentado) e Professor Honorário da Universidade Politécnica de Macau. Membro efetivo e atual Presidente do Conselho Científico da Academia das Ciências de Lisboa. Doutoramento em Literatura Latina. Tem 34 livros publicados – ensaio, tradução, poesia e crónica. Entre esses livros: O poeta no miradouro do mundo – estudos camonianos (2008); Virgí-lio, Eneida (edição bilingue, com tradução, introdução e anotações, 2022); O essencial sobre a “Eneida” (2024). Recebeu o Prémio Jacinto do Prado Coelho em 2006; prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus, referente a 2023. Dedica-se em especial à literatura latina e ao Renascimento, e Ca-mões é um dos poetas a que tem dado especial atenção.

Referências

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Editado por Álvaro Júnior da Costa Pimpão. Lisboa: Ministério da Educação, 1989.

FARIA E SOUSA, Manuel. Lusíadas de Luís da Camoens, principe de los poetas de españa. Al Rey N. Señor Felipe Quarto El Grande. Comentadas por Manuel de Faria e Sousa, cavallero de la Orden de Chrifto, i de la Casa Real. Madrid: Ivan Sanchez, 1639.

OVÍDIO. Heroides (Cartas de amor). Tradução, introdução e notas de Carlos Ascenso André. Lisboa: Cotovia, 2016.

PEREIRA, Maria Helena Rocha. Camoniana varia. Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos, 2007.

RAMALHO, Américo da Costa. Estudos Camonianos. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1980.

RODRIGUES, José Maria. Fontes dos Lusíadas. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1905.

VIRGÍLIO. Eneida. Tradução de Carlos Ascenso André. Lisboa: Quetzal, 2022.

Downloads

Publicado

2025-12-10

Como Citar

Ascenso André, C. (2025). Inês não é Dido, por Camões recusar ser Virgílio. Convergência Lusíada, 36(Esp.), 13–33. https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1414