A relação da poesia de Judith Teixeira com a de Charles Baudelaire

Palavras-chave: Judith Teixeira, Charles Baudelaire, Decadentismo-Simbolismo

Resumo

Temos a intenção de demonstrar a correspondência que a poesia Judith Teixeira mantém com a de Charles Baudelaire. Para cumprir nossos objetivos, iremos comparar alguns versos, bem como referenciar, de maneira muito breve, algumas considerações sobre o Decadentismo-Simbolismo. Refletiremos, sucintamente, sobre o conceito de poetas “malditos”, asso­ciando aos nossos autores.

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Biografia do Autor

Fabio Mario da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)/PROGEL

É Professor de Literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFRPE. É pós-doutor em Literatura Portuguesa (2016) pela Universidade de São Paulo, com bolsa da FAPESP e em Estudos Portugueses pela Universidade de Lisboa (2020). Também é pesquisador do ILCML (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa) da Universidade do Porto e do CEC (Centro de Estudos Clássicos) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Também integra a equipe do Centro Internacional e Multidisciplinar de Estudos Épicos (CIMEEP) da Universidade Federal de Sergipe.

Catia Canêdo, Universidade de Brasília (UnB)

Tem Graduação em Letras Português-Inglês e Respectivas Literaturas pela Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS). Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (POSLET) pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Defendeu a dissertação intitulada: O truque republicano e a política da ilusão: reflexões sobre essên­cia e aparência em oito contos de Lima Barreto, sob a orientação do Prof. Dr. Dirlenvalder do Nascimento Loyolla. Doutoranda em Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura do Departamento de Teoria Literária e Literaturas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UNB) (2020).

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Publicado
2023-11-13
Como Citar
da Silva, F. M., & Canêdo, C. (2023). A relação da poesia de Judith Teixeira com a de Charles Baudelaire. Convergência Lusíada, 34(50), 265-283. https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n50a844