A genealogia do pensamento utopista de Agostinho da Silva

  • José Eduardo Reis Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Keywords: Utopia, Millenarianism, Portuguese Literature

Abstract

Agostinho da Silva used to say that the best way to be modem and revolutionary in the twentieth century was to be a thirteenth-century conservative. The paradox-with which he nourished his poetic-philosophical discourse with stimulating heuristic productivity of such a statement combines antinomous categories (revolutionary and conservati­ve) and discontinuous and unconvertible historical time periods (thirteenth century and twentieth century). Actually, this paradox is not meant to present an ironical aporia but simply to point to a trans-temporal axiological possibility. The thirteenth century to which Agostinho da Silva refers is when, during Denis I's reign, the Holy Spirit cult was introdu­ced in Portugal and Joachim of Fiore's theology was diffused. As it is known, this popular and heterodox cult is associated with Joachim ofFiore's theological conception of history, which predicted an imminent era of spiritual and physical fulfillment for mankind under the free inspiration of the third person of the Holy Trinity. ln this article, rather than em­phasizing the common traits between Agostinho da Silva's thinking and the ramifications of Joachim of Fiore's theology on Saint Francis of Assissi's spiritualism, we shall carefully consider its introduction in a European trend of thought that we might call millenarian­utopian, which had an eminent follower named Fernando Pessoa.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

José Eduardo Reis, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Professor Associado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde tem lec­cionado Literatura Comparada, Literatura Inglesa, Cultura Inglesa, História das Ideias. É investigador do Insti­tuto de Literatura Comparada da Faculdade de Letras do Porto como membro do projecto "Utopias literárias e pensamento utópico: a cultura portuguesa e a tradição intelectual do ocidente". É mestre em Estudos Literários Comparados pela Universidade Nova de Lisboa, com uma dissertação sobre a influência do pensamento de Schopenhauer na obra literária de Jorge Luis Borges, e doutor em Literatura Comparada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com uma tese sobre o espírito da utopia nas culturas literárias portuguesa e ingle­sa. É autor de vários artigos na área da literatura comparada, em particular sobre a temática da utopia na obra literária de autores portugueses e ingleses, autor de recensões críticas da revista académica americana Journal of Utopian Studies, membro do corpo editorial da revista electrónica E-topia e editor de uma das raras utopias literárias portuguesas, Irmânia de Ângelo Jorge.

Published
2007-06-30
How to Cite
Reis, J. E. (2007). A genealogia do pensamento utopista de Agostinho da Silva . Converência Lusíada, 21(23), 212-227. Retrieved from https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/610